sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dois anos na imprensa nacional

Na imprensa portuguesa, os Quiosques de Refresco também fizeram correr tinta ao longo destes dois anos. A Visão descreveu o projecto como “um verdadeiro incentivo à locomoção e ao convívio social ao ar livre”, o Público notou que “a comida segue a mesma lógica de fidelidade aos sabores lisboetas” , o DN gabou serem “tudo produtos portugueses, tudo sabores tradicionais”. A Time Out de Lisboa proclamou a nossa “a melhor limonada do mundo”. E nós ficámos deliciados com a crónica "Ainda ontem" de Miguel Esteves Cardoso no Público (a 29 de Abril de 2009):
 "Mais Catarina já! Assim como há raivas atravessadas na garganta, à espera de serem cuspidas cá para fora com um amargo que envenena com o tempo, também há louvores que, de tanto nos adoçarem o coração, nos vamos recusando a soltar, guardando-os só para nós.

Comigo é assim com a Catarina Portas. Gosto dela há mais de 20 anos e admiro tudo o que ela faz e não faz. À portuguesa, digo-o a toda a gente menos a ela. Chega. Ontem, no P2, maravilhei-me a ler o artigo sobre os três quiosques da Catarina em Lisboa, escritos e descritos por Alexandra Prado Coelho, ainda por cima. São difíceis de escrever estes elogios. Parecemos bolinhas de amor à espera de serem injectadas por uma chuva de setas ácidas que sibilam “Mas o que é que nós temos a ver com isso?” No caso da Catarina, muito. Mesmo que visite Lisboa de vez em quando, o trabalho dela melhora instantaneamente a qualidade estética e sensual do nosso dia-a-dia.

Como é cosmopolita, sabe escolher e readaptar, sempre para melhor, os pedaços mais aprazíveis e civilizados da vida portuguesa. É esse o nome da loja dela e assenta-lhe bem, com toda a inteligência, elegância e imaginação da autora e dona. Como é de esquerda, consegue livrar-se do elitismo e da nostalgia que costumam contaminar estas recuperações. Os refrescos e as sanduíches são exclusivos e deliciosos, mas, crucialmente, também são baratas e acessíveis a todos.
Suspiro. Pela primeira vez tenho pena de não viver em Lisboa outra vez."

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